quarta-feira, 5 de março de 2008

Ser ou não ser, eis a questão!!!

Tem gente que acredita no destino. Outros acreditam que o destino é o próprio sujeito quem constrói. Eu aprendi a ser um destes. Com muito custo, muito empenho e muita luta, mas a sensação de liberdade é algo indescritível. O mundo se colore, os horizontes se tornam mais amplos, a vida fica mais leve, e quando a gente não consegue enxergar onde quer, arranca lá de dentro um estímulo tão intenso e gratificante que qualquer objetivo se torna facilmente alcançável.

A impressão que tenho é que a distinção entre um sujeito ser feliz ou infeliz não está no mundo em sua volta, mas no desejo e no empenho dedicados por ele a esta questão. É simplesmente uma questão de foco, afinal, toda moeda sempre tem dois lados:

“Quero ser feliz!” Então me apego ao que me conforta e me satisfaz;

“Quero uma droga de vida!” Basta cavar em cada pedacinho da vida um motivo para justificar minha escolha.

Qualquer que seja o caminho, motivos sempre existirão. O curioso é que para o sujeito, parece que sempre há uma realização. A cada resposta que se desenterra do mundo há no fundo aquela confirmação do tipo “não falei que eu era infeliz? Eu estava certo!!!” Neste “mundo cruel”, o infeliz e bonzinho sujeito comemora o resultado de qualquer forma...

O agravante é que no entroncamento entre os fins e os meios fica evidente uma inversão de valores e o que supostamente era efeito desapercebidamente acaba se tornando causa. E assim está formado um ciclo vicioso.

Se a sua escolha já foi feita e você deseja mudar seu destino, trocar o "vicioso pelo virtuoso", basta olhar para o outro lado da moeda! Vai perceber que o mundo é um monte de recursos à disposição e que a forma de utilizá-los pertence somente a você. Brindar à felicidade construída com as próprias mãos tem um sabor muito mais especial que comemorar o encontro às justificativas para um mundo de infelicidade.

Experimente!!!

Um comentário:

Angela Porto disse...

Lacan já dizia que o "sujeito é sempre feliz"ao referir-se a uma satisfação outra, que sempre há, mesmo que o sujeito não esteja contente!Acredito que o destino é o sujeito que faz...desde que se aproprie do que, nele, faça o movimento contrário à "felicidade" dele, sujeito. Pois, inconscientemente, seja como for, o sujeito está sempre gozando!Para isso, certamente, uma análise ajuda bastante! Se alguém se move com a malícia que o saber providenciado por uma análise alcança...