domingo, 7 de dezembro de 2008

Harvard - Por enquanto, a passeio...

O coração bateu mais forte à medida em que seguíamos em direção à estação de Harvard. Foram 25 minutos, várias paradas e, finalmente, subimos as escadas para as ruas. A poucos metros, lá estava a magnífica Harvard, com toda sua exuberância e charme...

Harvard tem mais de 350 anos. Por suas construções de estilo inglês, muito conhecimento de altíssimo nível foi difundido. Centenas de personalidades respeitadas se formaram lá. Nas fotos abaixo, uma pequena idéia do estilo de construção de praticamente todo o campus. À direita, a Baker Library, verdadeiro retrato da expressão de grandeza de Harvard, dentre os 33 prédios do campus.

Por enquanto, foi o mais perto que pudemos chegar. Pode ter parecido pouco, mas foi um importante start para os próximos passos pós mestrado, e minha eterna companheira tem ambições parecidas...












sábado, 29 de novembro de 2008

Curiosidades de New York - The Subway

Tem coisas muito diferentes que a gente encontra em New York e que são bastante interessantes, que fazem parte do cotidiano da cidade. Descendo as escadas do metrô, às vezes nos deparamos com artistas anônimos bastante curiosos. É comum violeiros mexicanos atravessarem os carros do metrô, feito Chitaozinho e Xororó, com suas violas dependuradas no pescoço e chapéu esticado aos passageiros nos intervalos dos seus duetos, coletando "tips"... Na Penny Station, grande estação situada abaixo do Madison Square Garden, encontramos, num final de tarde, um quinteto de metais e baldes (isso mesmo, o baterista batia em baldes!), tocando por amor e mais alguns dólares de gorjetas. Abaixo um pequeno vídeo deste curioso momento.



quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A dreamer inside my dream

Por entre as muitas delis, cafés, lojas, sacolas e turistas, lá estávamos nós, de mãos dadas, quebrando cada esquina a passos largos e firmes pela Big Apple, extasiados pela forte emoção que o momento nos propiciava. Ao mesmo tempo que encolhidos pelo frio, lutando bravamente contra um vento cortante, nos guiávamos em direção ao calor delirante das milhares de luzes cuidadosamente distribuidas pelos paredões de concreto dos imponentes arranha-céus da Times Square. Eis que, ofegantes, finalmente chegamos lá. Em meio a milhares de turistas de todo o mundo, nos deparamos com aquela inexplicável e atordoante imensidão de luzes e, nos olhos da minha amada, surge então um brilho ainda maior, que me tocou mais fundo o coração, e que me fez, pela primeira vez, ver ofuscadas as famosas luzes da Broadway... (É brega mais é bonito, hehehe...)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

George W. Bush's Christmas Card


That is the great magic tree* that cost trillions of dollars, that was built with great affection and “intelligence” by the Bush’s Government to brighten the Christmas of all families around the world.
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* based on stock market
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(Esta é a grandiosa árvore mágica* que custou trilhões de dólares, que foi construída com muito carinho e "inteligência" pela administração do Sr. George W. Bush para alegrar o natal de todas as famílias do mundo.)
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* Inspirada no mercado acionário
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God Bless America!
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Happy Christmas!!!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Como funciona o mercado de ações?

Há uma fábula circulando pela internet que representa bem o funcionamento do mercado de ações:
"Certa vez, em um pequeno vilarejo do interior, apareceu um homem anunciando aos moradores que compraria burros por R$ 10,00 cada. Os moradores, sabendo que havia muitos burros pela região, não exitaram e iniciaram a caça aos burros.
O homem comprou centenas de burros a R$ 10,00 e então os moradores diminuíram seus esforços na caça. Então o homem anunciou que a partir de agora pagaria R$ 20,00 por cada burro e, novamente, lá se foram os moradores novamente à caça.
Rapidamente, os burros foram escasseando cada vez mais e os moradores foram desistindo da busca. O homem então aumentou a oferta para R$ 25,00 e a quantidade de burros ficou tão pequena que não havia mais interesse na caça.
O homem então anunciou que agora compraria cada burro por R$ 50,00!!! Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos burros.
Na ausência do homem, seu assistente disse aos moradores:
- Estão vendo todos estes burros que o homem vos comprou? Eu posso vendê-los por R$ 35,00 a vocês e quando o homem voltar da cidade, vocês podem vendê-los de volta por R$ 50,00 cada.
E os moradores, espertos, juntaram todas as suas economias e compraram todos os burros ao assistente.
E eles nunca mais viram o homem ou seu assistente, somente burros por todos os lados.
Agora você entendeu como funciona o mercado de ações..."

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A Crise Financeira Americana - Versão para leigos

Recebi de um amigo esta pérola de texto através de um email. Infelizmente, até o momento, não consegui descobri quem foi o autor para destinar-lhe os méritos. Uma forma simples e clara de explicar a irracionalidade que movimenta o sistema econômico e que faz os "pobres mortais" se sujeitarem a receber sua fatia da conta, por conta da falta de regulamentação vigente no modelo de "libertinagem" econômica.
"A CRISE DA ECONOMIA AMERICANA (Explicada de forma didática)

Paul comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares, financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Paul passou a valer 1,1 milhão de dólares.

Aí, um banco perguntou para o Paul se ele não queria uma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os 800.000 dólares. Com os 800.000 dólares, Paul, vendo que imóveis não paravam de valorizar, comprou três casas em construção dando como entrada algo como 400.000 dólares.

A diferença, 400.000 dólares, que Paul recebeu do banco, ele se comprometeu: comprou carro novo (alemão) para ele, deu um carro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou TV de plasma de 63 polegadas, notebooks, cuecas. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do Paul, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito.

Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que o Paul tinha dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham mais liquidez. O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas e revender com lucro. Fácil!

Parecia fácil. Só que todo mundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Paul pagava começaram a subir (as taxas eram pós-fixadas) e Paul percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre. Milhões tiveram a mesma idéia do Paul. Tinha casa para vender como nunca.

Paul foi agüentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das três casas que ele comprou, como milhões de compatriotas, para revender, mais as prestações dos carros, das cuecas, dos notebooks, da TV de plasma e do cartão de crédito. Aí as casas que o Paul comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela.

Só que neste momento Paul achava que já teria revendido as três casas mas ou não havia compradores, ou os que havia só pagariam um preço muito menor que o Paul havia pago. Paul se danou. Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das três casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber de milhões de especuladores iguais a Paul.

Paul optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancos que não quiseram acordo. Paul entregou aos bancos as três casas que comprou como investimento perdendo tudo que tinha investido. Paul quebrou. Ele e sua família pararam de consumir...

Milhões de Pauls deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseados nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Pauls em títulos negociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos Pauls, esses títulos começaram a valer pó. Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mas também em bancos europeus e asiáticos. Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço de mercado desse imóvel... Preço que despencou.

Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares e de repente passou a valer 300.000 dólares e mesmo pelos 300.000 não havia compradores.

Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões de Pauls atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas de bilhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou.

Com a inadimplência dos milhões de Pauls, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Pauls pararam de consumir porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado. O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir.

O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo, porém essas ações levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram corretas e, até agora não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão. O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas.

Até que na semana passada o impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu, na segunda feira última, quebrado, insolvente.

No domingo o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan por dois dólares por ação. Há um ano elas valiam 160 dólares.

Durante esta semana dezenas de boatos voltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber o que nos espera na próxima segunda-feira. O que começou com o Paul hoje afeta o mundo inteiro.
A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo dirá.

E hoje, dia 15 de Setembro de 2008, o Lehman Brothers pediu falência, desempregando mais de 26 mil pessoas e provocando uma queda de mais de 500 (quinhentos ) pontos no Índice Dow Jones, que mede o valor ponderado das ações das 30 maiores empresas negociadas na Bolsa de Valores de New York - a maior queda em um único dia, desde a quebra de 1929.

O dia de hoje, certamente, será lembrado para sempre na historia do capitalismo."

O Capitalismo em convulsão

Repasso, na íntegra, as palavras de John Plender, colunista do “Financial Times” e executivo-chefe da “Quintain”, publicadas em 24/09/08


"O capitalismo em convulsão: ativos tóxicos viajam em direção a contabilização pública".


No espaço de apenas duas tumultuadas semanas, o panorama das finanças globais mudou drasticamente. A administração Bush montou um resgate multibilionário, para salvamento do sistema financeiro, que vai infligir danos severos ao modelo norte-americano de livre capitalismo de mercado.

Pesados custos também serão infligidos ao contribuinte americano, que irão subsidiar Wall Street – e várias instituições financeiras ao redor do mundo – em um resgate de dimensão sem precedentes.

A seqüência de eventos que levaram a esta extraordinária socialização das finanças começou com a nacionalização, de fato, da Fannie Mae e Freddie Mac, os falidos financiadores de hipotecas patrocinados pelo governo, que estão no cerne do sistema de financiamento habitacional dos EUA. Seguiu-se um forte aumento no custo do seguro contra inadimplência na economia mais poderosa do mundo. Em algumas estimativas independentes, a resposta global à crise poderia levar a dívida pública dos EUA, ainda em patamares gerenciáveis, a um nível comparável ao de países altamente endividados, como Japão e Itália.

Preocupações com a solvência dos EUA são absurdas, de acordo com Charles Goodhart, da London School of Economics. Elas têm, todavia, vindo à tona, juntamente com uma preocupação acadêmica acerca do papel do dólar como moeda global de reserva.

Depois veio a absorção da Merrill Lynch pelo Bank of America e uma corajosa decisão por Hank Paulson, secretário do Tesouro americano, de permitir o Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimento dos EUA, de ir à lona. Este movimento contrastou com o resgate orquestrado do menor Bear Stearns pelo JPMorgan Chase, no início deste ano.

O desaparecimento desses dois gigantes de Wall Street suscitou dúvidas sobre a perenidade do modelo independente para bancos de investimento. As ações dos dois sobreviventes do mercado de securitização, Morgan Stanley e Goldman Sachs, foram rapidamente depredadas pelos especuladores. No Reino Unido, sabe-se que especuladores empurraram o HBOS, o maior credor hipotecário do país, para um casamento forçado com a Lloyds TSB.

Ainda mais surpreendente foi a notícia de que o Federal Reserve adiantou US$85 bi dos contribuintes para a AIG, a maior seguradora privada. Graças ao seu papel no mercado mundial do seguro de crédito, a AIG era tão interligada com outras instituições financeiras que sua falência teria sido catastrófica para todo o sistema.

No entanto, apesar de uma recuperação inicial, a crônica falta de confiança, que tem dominado o sistema bancário desde agosto do ano passado, piorou após esses movimentos. Na quarta-feira, a taxa de juro de um mês dos Treasury Bills tornou-se negativa, passando a surpreendente mensagem de que os investidores preferem perder dinheiro em papéis do governo, onde o reembolso é certo, do que investir em fundos do mercado monetário. O ponto de clímax tinha sido atingido, no qual ninguém confia em nenhum outro ativo que não sejam os governamentais.
Em tais circunstâncias, a experiência ensina que os bancos centrais têm de emprestar livremente. No evento, o Federal Reserve injetou US$ 180 bi nos mercados, enquanto os demais presidentes de bancos centrais diziam que iriam adotar medidas coordenadas para aliviar os mercados de curto prazo de dólar.
Para completar a semana, Paulson iniciou debates com líderes políticos para criar um mecanismo, patrocinado pelo governo, com o objetivo de assumir os ativos tóxicos criados pela bolha, causando momentânea alta no mercado acionário.

O paradoxo, neste caso extraordinário, é como uma iliquidez tão extrema pode existir em um mundo inundado com o excesso de poupança da Ásia e das petro-economias. A Rússia ilustra o ponto. Graças a abundantes fluxos de petróleo, obteve elevado crescimento econômico, a terceira maior reserva cambial do mundo e baixa dívida do setor público. Entretanto, os preços das ações no mercado de capitais russo estão desabando e a confiança no sistema financeiro erodiu a tal ponto, que os bancos estão com escassez de fundos e ameaçados de falência.

Isto é o que ocorre quando um superalavancado sistema financeiro global reverte sua tendência. A contração de crédito está sendo forçada em todo o mundo após a maior bolha de crédito na história ter estourado. David Roche, do centro de pesquisas “Independent Strategy”, traduz isto como uma "mudança tectônica da alavancagem para a parcimônia, como modo de financiamento do crescimento, e a concomitante drástica redução dos desequilíbrios globais, tais como o déficit em conta corrente dos EUA".

A realidade é que o sistema financeiro tem funcionado como se fosse instrumento extrapatrimonial do governo. Empresas do setor privado e banqueiros obtiveram enormes lucros na bolha. O apetite de risco foi reforçado por resgates anteriores e, no caso da Fannie e Freddie, pela garantia implícita do governo. Por isso, os preços no mercado ainda não refletem o custo potencial, para o sistema, de seu próprio colapso.

Esta incapacidade de lidar com as externalidades ficou mais uma vez evidente nos mercados, ao longo das últimas duas semanas, quando especuladores se envolveram nas estratégias de vendas a curto-prazo contra a AIG e os bancos de investimento, nos EUA, e HBOS, no Reino Unido. Isto põe em risco o sistema financeiro, porque as agências de “rating” respondem às quedas das cotações rebaixando as classificações de risco de crédito, prejudicando ainda mais a capacidade dos agentes de financiar seus negócios combalidos.

Mais uma vez, os imóveis têm sido o cerne do descalabro financeiro, apesar das afirmações dos banqueiros centrais de que uma queda geral dos preços dos bens imobiliários ser impossível. No entanto, a particularidade desta vez está no fato de as cotações dos imóveis terem sido envolvidas pelos movimentos dos complexos produtos financeiros, que poucos compreendiam.
Quando os investidores saem de suas áreas de competência, problemas aparecem. Walter Bagehot, o economista do séc. XIX que definiu as regras para a gestão de crises financeiras pelos bancos centrais, em seu livro “Lombard Street”, dizia: "O senso comum ensina que especuladores não deveriam mexer com o lúpulo das cervejas, ou banqueiros com óleos medicinais; ferrovias não deveriam ser bancadas por senhoras solteiras, ou os canais por clérigos (...) Em nome do bom senso, é necessário que haja bom senso".

A diferença na década atual é que tanto os executivos dos bancos, como seus conselhos executivos, não conseguiram compreender a extensão total destes produtos bancários lastreados em hipotecas securitizadas, assim como não entenderam bancos centrais, autoridades reguladoras e agências de “rating”.

Nos itens extrapatrimoniais do mundo de Alice no País das Maravilhas, a mais absurda característica foi o sistema de recompensas, que concedeu enormes benefícios para aqueles que injetaram no sistema ativos tóxicos hipotecários e não permitiu que grande parte do dinheiro pudesse ser resgatada quando os resultados ficaram abaixo dos esperados. Quase tão absurdo, também, foi o grau de alavancagem permitido aos bancos de investimento.

Como Michael Lewitt, um agente de investimentos da Flórida, diz: "Permitir os investimentos dos bancos serem alavancados na proporção de 30 pra 1 é o mesmo que jogar roleta russa com cinco dos seis câmaras da arma carregadas. Se forem acrescentados os passivos extrapatrimoniais, você está simplesmente carregando a sexta câmara, e puxando o gatilho".
Então, que estágio a crise atual atingiu? Bagehot cita a descrição do banqueiro Overstone Lord's sobre o progresso de um ciclo instável: "quietude, melhora, confiança, prosperidade, emoção, ‘overtrading’ , CONVULSÃO [ênfase de Bagehot], pressão, estagnação, terminando novamente em quietude".

Nas duas últimas semanas, estamos assistindo à convulsão. Ainda que seja possível evitar a estagnação, pois as autoridades estão seguindo as prescrições de Hyman Minsky, o economista cujo trabalho, Stabilizing An Unstable Economy, melhor explicou a dinâmica desta crise.
Minsky vê um ativismo fiscal do governo, junto com empréstimos de última instância dos bancos centrais, como a maneira moderna de lidar com dificuldades financeiras. Isso está ocorrendo agora. Com efeito, o governo americano está replicando o que ocorreu no sistema bancário privado na crise anterior, quando as instituições foram obrigadas a retomar as entidades que haviam criado, como instrumentos e mecanismos de investimento estruturado, de volta aos seus balanços financeiros, quando os financiamentos secaram.

Tendo implicitamente garantidos Fannie e Freddie, e sustentado as operações de banqueiros irresponsáveis na AIG e outros lugares, o governo americano está colocando instituições falidas de volta ao balanço, só que desta vez é o balanço do setor público, por meio da nacionalização. Logo, a proposta de Paulson para lidar com os ativos tóxicos tem o real significado um ponto de inflexão.

Qual será a paisagem do sistema bancário após esta saga? Depende em muito da resposta regulatória. No mínimo, os requisitos de capital serão mais restritivos, o que pode significar um sistema bancário revertendo para um ponto de menor de risco de atuação, na função utilidade geral. Mas, uma questão mais importante permanece sem resposta, que é a que diz respeito à independência dos bancos centrais.

Se os bancos centrais tiverem de ser recapitalizados, como parece provável de acontecer neste cenário, o sistema político pode querer cobrar o preço de diminuir sua independência operacional, o que terá consequências devastadoras. Pois um ponto central da tese de Minsky é de que o ativismo fiscal e os empréstimos de última instância causam inevitavelmente forte pressão inflacionária. Isto, juntamente com um aumento dos encargos sobre as futuras gerações de contribuintes, poderá ser o custo das últimas duas semanas de frenéticos esforços para repelir a deflação dos ativos hipotecários e manter a aparência de solidez do modelo anglo-americano de capitalismo.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A crise financeira americana

Não vou discorrer a fundo sobre o tema agora, mas lanço uma questão cuja reflexão vai de encontro, com profundidade, aos alicerces da cultura capitalista americana, exaltada e difundida com tanto orgulho e interesse pelos donos do dinheiro ao longo das últimas décadas. A defesa do livre mercado, da adoção da lei do mais forte, esta instintiva insistência pela lei da natureza como regente ideal para as ações econômicas levou um duro golpe nas últimas ações de socorro às instituições financeiras americanas. A até então proibitiva e nociva intervenção do governo no mercado, como fez agora com um mega pacote de socorro a AIG, bem como ao Bear Stern, Fannie Mae e outros que aguardam na fila afronta a antiga idéia da mão invisível de Adam Smith sob a qual se sustentavam os argumentos que controlavam a ordem econômica e social, e distribuem os custos da derrocada não só para os outros cidadãos americanos, mas para o mundo todo. Foram forçados a negar seus argumentos com ações, ou seja, que agora se sacrifiquem os "princípios" para salvarem os beneficiários deles. E agora? Estamos diante de mais uma improbidade tão comum e recorrente deste governo ridículo do Bush ou estamos presenciando um marco histórico da decadência do atual sistema? Penso que ambas! Aguardem receosos os próximos capítulos...
* Milton Friedman foi um dos maiores defensores do Laissez Faire.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Enduro da Independência - Por Dalton Palhares

Neste final de semana recebi um email especial! Pude me sentir realizado pela realização de meu irmão. Apesar da gente não andar se encontrando muito e dividindo nossos sonhos, meio que à distância tenho acompanhado a empenhada construção de seu projeto sob duas rodas, e, a julgar pelo empenho, dedicação e perseverança com que ele sempre se dispos a enfrentar seus desafios, certamente o resultado viria rápido. Se nesse ponto não houve surpresas, por outro lado fui surpreendido pelas suas palavras. Ele que nunca foi muito de expressar sentimentos, deixou à mostra as batidas mais fortes de seu coração: foi doce quando deveria ser, sensível quando o momento o envolveu e aventureiro não só lá mas finalmente também na sua forma de expressar... Não é atoa que sinto orgulho dele!


Abaixo, na íntegra, o email que descreveu seu primeiro Enduro da Independência. Vale a pena conferir, não é só babação de parente não, são curiosidades acerca do que a realidade de quatro dias de trilhas:


"Chegamos ontem do Independência, aliás, chegou o que restou de mim e de minha moto. Para organizar o relato vou dividi-lo por temas.

ORGANIZAÇÃO - Achei boa a organização. Sempre tinha alguém por perto para sanar alguma dúvida. Não sei se os resultados demoraram a sair no dia, mas a maioria dos pilotos procuravam o resultado no dia seguinte e lá estava ele. Não vi muitos erros nas planilhas, e quando vi não eram erros grosseiros. Os grosseiros, como um erro no segundo dia, levou ao cancelamento do PC. Durante toda a trilha vc via médicos rodando a prova e veículos 4x4 de apoio médico em pontos estratégicos. Conversando com um conhecido que fez a prova como médico fui informado que não houve grandes problemas. Apenas alguns dedos quebrados, pés torcidos e ombros deslocados. Quanto aos cuidados médicos, a organização tá melhor que os pilotos. No primeiro dia passamos por um cara caído em um barranco após um grande degrau de uns 3 metros de altura. Como ele já estava com gente ao lado, não paramos. O que fiz foi olhar a referência na planilha e seguir na prova. Alguns poucos km à frente havia um neutro e nele estava uma pick-up 4x4 de apoio médico. Fui até lá pra verificar se os caras já tinham sido informados do ocorrido. E pra minha surpresa eles ainda não sabiam de nada. Relatei o ocorrido, falei da referência na planilha, e lá foram eles. Fiquei impressionado como um bando de piloto passa ao lado do cara, para 5 km depois ao lado do apoio médico e não tem a consideração de informar o ocorrido aos médicos da prova. Mais tarde, fui informado que foi apenas um ombro deslocado mas que não conseguiram coloca-lo no lugar. Tiveram de encaminhar o piloto para o hospital e apagá-lo para voltar o ombro. O processo foi um pouco demorado pois tiveram dificuldade de resgata-lo de onde estava. O piloto era um médico que faz trilha a muitos anos e foi convidado por seu filho a realizar o sonho de fazer o independência. Mas faz parte da brincadeira e sabemos os riscos que corremos.

TEMPO - Foram 4 dias de calor e sol intenso. Nem sombra de chuva. Porém muita poeira. Mas muita poeria mesmo. Era difícil de ver alguma coisa na trilha, principalmente quando se está na categoria de duplas e os pilotos ficam mais compactados.


LOGÍSTICA - Super cansativa. Pra falar a verdade enche o saco. Todo dia vc chega em um hotel tira a traquitana toda e no dia seguinte tem de por tudo no carro novamente. Quando acaba o enduro, em vez de descansar vc tem de lavar a moto, filtro, arrumar algo que estragou, colocar planilha encarretar, desencarretar, amarra, solta, prende, aperta, leva, trás, sobe, desce, etc.. Um saco. Queria ter grana pra fazer igual a uns gaúchos que estavam na prova. Acabava o enduro, entregava a moto pros apoios, tirava o equipamento e sentava em cadeiras de praia ao lado do big ônibus de apoio e descansavam. Já a ralé aqui, ia dormir às 23:30hs e acordava 5:30 ou 6hs da matina, depedendo do dia. Muito cansativo.


TRIHAS/DESEMPENHO - Para mim foram 4 dias bens diferentes.
-PRIMEIRO DIA. No início muita trilha por pastos e matas. Nada muito travado. Trilhas boas e gostosas de andar. Navegação tranquila e sem grandes dificuldades. No meio do dia entramos na fase dos estradões mesclados com trilhas e estradas velhas de fazenda. Meio chato, mas sabíamos que passaríamos por isto, até porque percorrer 200 km por dia só de trilha não seria possível. Neste dia, o pneu dianteiro do Leonan furou e nosso ritmo diminuiu um pouquinho. Já próximo do final do dia as dificuldades apareceram na figura de atoleiros, coisa que não temos aqui na nossa região. Foram uns 4 ou 5, se não me engano. Mas apenas 2 eram mais chatos. Demos até sorte e não perdemos muito tempo com eles. No final do dia estávamos de lama dos pés à cabeça. O engraçado era conversar com quem passou cedo pelos atoleiros. "Atoleiro? Onde?". Na nossa frente já havia passado 350 motos pelo local, então posso afirmar com certeza que quando passamos eram atoleiros sim!!. Achamos que o nosso desempenho havia sido bom, mas quando vimos o resultado ficamos até desanimados. Estávamos em 11 lugar. Achamos que ficaríamos entre 7 e 9. Foi aí que ratificamos o pensamento de que havíamos sido prematuramente promovidos a Dupla Graduados pelo TCMG. Se estivéssemos na categoria Dupla Estreante teríamos ficado em 4 lugar.
- SEGUNDO DIA. Como prometido, o dia mais difícil do Enduro. Saindo de Lambari após alguma trilhas e estradas, as pedras já começaram. Eram pedra pra dá com pau. E era só o começo. Depois de passarmos por São Tomé das Letras o bicho pegou. Vi que era trilha pra separar os homens das crianças. Me senti um bebe de 2 meses de idade...Logo no início tinha uma subida de uma escadaria que na realidade deveria se chamar paredão. E é lógico que havia duzentos fotógrafos e câmeras filmando tudo, e é lógico também que eu caí neste local. Quando sair o DVD oficial verei meu tombo com mais calma. Só que com essa brincadeira minha resistência foi embora e mais vários preciosos minutos. Depois dessa "escadaria" as pedras continuaram por muito mais tempo, minando mais ainda o resto do preparo. Nesse dia eu consegui a proeza de perder o meu óculos. Em uma mata fechada, eu coloquei ele pra trás (uso quick strap) pois estava calor e embassando. Quando fui recoloca-lo já era. Perdi e nem sei aonde. Só que a poeira era muita. Daí em diante minha prova acabou. Não conseguia andar direito. Os olhos doíam muito, além de não enxergar nada. Eu só não encarretei antes por que o neutro que paramos era sem apoio, se não eu desistiria. Esse dia foi o dia dos tombos do Leonan. Alguns feios, porém, por sorte, sem qualquer gravidade. No final do dia ainda nos perdemos. Gastamos muito tempo pra voltar pra prova. Porém não tinha mais PC no caminho Vimos que tomamos 1800 pontos em um PC mas não fazemos a menor idéia de onde foi, pois fizemos a prova toda, seguindo a planilha e não andamos mais de 30 minutos atrasados. Ao final do dia eu estava acabado, exaurido. Os braços doloridos e os dedos da mão nem fechavam direito. Tive de apelar e fazer algo que detesto. Tomar remédio. Entrei no ante inflamatório. Nesse dia ficamos em 13 lugar, mas se estivéssemos na Dupla Estreante não faria diferença, ficaríamos em nono.
- TERCEIRO DIA. O que menos gostei. Poucas trilhas e muitas estradas e muita poeira. Esse foi o meu dia de tombos. Levei um dos piores tombos de todos os tempo. Só não machuquei por milagre. Vinha acelerando ao lado de um trilho de trem, cheio de pedras soltas e atrás de outra dupla. O poeirão tava comendo solto, quando de repente surgiu do nada uma pedra enorme de uns 50 cm de altura. Bati de frente nela e voei por cima da moto. Cai de de cara no chão e saí rodando por cima das pedras. Meu capacete ficou todo ralado e sumiu a biqueira do capacete. Arrebentou meu relógio, arranhei o braço e ombro, rasgou minha calça, amassou a roda dianteira, empenou o guia da corrente e quebrou a pedaleira. Fiquei uns 30 segundos sentado no chão conferindo se não havia machucado. Depois mais 30 segundos cuspindo a terra que entrou em minha boca e no nariz. Mais outros 30s pra tira as pedras que entraram dentro do óculos. Até me recuperar nosso tempo já era. De novo. Ainda neste dia, soltou a corrente da moto do Leonan. Mas foi um dia fácil e sem grandes problemas. Sabíamos que todos perderiam poucos pontos. Perdemos 2007 e ficamos em 14 lugar. Dia pra se esquecer, seja pelas trilhas (ou falta delas) seja pelos meus tombos.

- QUARTO DIA. Como esperado, mais um dia de pedras e muitas trilhas. Saímos de Mariana e já de início caímos nas trilhas. E eram só pedras e cavas. Como estava com sorte, logo no início do dia, fruto das porradas que minha moto havia tomado anteriormente, soltou a corrente duas vezes, obviamente em locais estratégicos (de difícil acesso) e que me tiraram da prova logo de início. Aí virou só passeio. Não tem como tirar 25 minutos de atraso. Em alguns momentos, dado aos neutros, o atraso chegou até a ser de "apenas" 16 minutos. Mas eu não queria acelerar muito e me arriscar a me machucar por algo que já não valia mais. Ficar andando a 80 ou 90 km por hora em estradas de terra não é a minha praia. Depois do neutro de itabirito fizemos a trilha dos escravas e do cristo (eu acho...) e depois a topo do mundo. Foi um dia curto mas com muitas pedras. Menos pesado que o segundo, mas como o cansaço vai acumulando, situações fáceis vão ficando complicadas. Na topo do mundo eu ainda estava sem freio da frente, o que me fez fazer a trilha bem devagar. Ao final da topo do mundo todo mundo era avisado que o enduro acabou e que o resto seria só deslocamento. Só que era muito chão até Betim. Espero que o TCMG tenha ganho muito dinheiro para levar a chegada do enduro até Betim, pois foi um saco ir até lá pra finalizar o trajeto.


Como não era a minha semana de sorte (ou até foi, já que não me machuquei no tombo que levei), consegui a proeza de jogar minha moto de cima da carretinha do Leonan em cima de um Fiat Idea estacionado ao lado de meu carro. Quebrou o vidro, arranhou a porta e o pára-lama. O carro era de um PC. Acho que foi daquele que não me marcou no segundo dia....hehehe. Segunda feira vamos conversar pra ver quanto foi o prejuízo.

CUSTOS Não fiz as contas de quanto gastei, mas paguei R$ 500 de inscrição, R$ 300 de hotel, mais gasolina de carro e moto. Gastamos ainda com jantar, sempre barato e alguma coisa de manutenção. Não gastei mais que R$ 1.500,00 no total, mas posso garantir que valeu cada centavo. Subir no palco pra receber um medalha, até que bonitinha, mas que simboliza a realização de um sonho...não tem preço. Ver a minha esposa e minhas pequeninas me esperando sorridentes e felizes foi ótimo. É uma experiência impar, inesquecível e que se a minha mulher deixar, "de novo", quero repetir.

Seguem algumas fotos que achei na NET..."




quarta-feira, 9 de julho de 2008

Mulher - O Equilíbrio do Homem



Pode ir mais longe o homem que tem ao seu lado uma grande mulher, que permita a ele encontrar o equilíbrio necessário para guiar pelas estradas certas na vida.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ensino à Distância - O aluno faz a escola...

Esta é uma máxima antiga, que desde os tempos dos nossos avós vem servindo como estímulo ao estudo e que representa com propriedade a força que um aluno deve ter diante da instituição pela qual escolheu para investir em seu desenvolvimento. Se levarmos em consideração que atualmente há uma avalanche de alunos que, por opção ou necessidade, se “aventuram” a ingressar em um curso à distância, fazer a escola passa realmente a ser uma questão estratégica que todo estudante deve se atentar para fazer valer seu investimento e justificar esse antigo dito.

Vejo no dia a dia das salas de aula, pessoas que dispõem seu tempo e dinheiro em uma instituição de educação confiando que irão colher conhecimento e diferencial para a carreira, cientes de que a educação amplia horizontes e abre portas para o crescimento profissional. Mas elas devem se lembrar sempre que o nome da instituição ficará gravado em seu currículo para sempre. Aqueles que fazem um bom curso, além de adquirirem uma significativa bagagem teórica e prática, também contribuem para a valorização de seus diplomas porque elevam o nome da instituição no mercado e, aí, consequentemente, agregam ainda mais valor ao título adquirido.

Um estudante que entende que seu empenho em fazer seu curso melhor significa investir em seu próprio crescimento abre o caminho para que a troca positiva entre contratante e contratado se potencialize. Ter consciência dessa força e utilizá-la com responsabilidade tem se mostrado mais importante ainda nos novos moldes de ensino que estão se perpetuando, como é o caso do ensino à distância. As novas escolas ainda não tiveram o tempo de maturação necessário para se tornarem confiáveis ao mercado porque seus estudantes começaram a ingressar no mercado recentemente. Vencer a desconfiança é uma questão de tempo, mas para avançar mais rápido, nada mais apropriado que seus alunos literalmente “fazerem a escola”.

E como se faz a escola?

Em primeiro lugar, é fazer o melhor de si pelo aprendizado, é absorver todo o conhecimento disponível como um faminto faria com um prato de comida. Mas há muito mais a se fazer: Participar do dia a dia da instituição é fundamental, como também é indispensável estar sempre atento aos serviços oferecidos e cobrar qualidade impreterivelmente; exigir dedicação e empenho de todos os professores e funcionários; sugerir melhorias em todos os níveis, e principalmente, nunca se esquecer que seus colegas também serão representantes de sua escola no mercado, de forma que esperar deles a mesma dedicação é fundamental.

É assim, cuidando dos mínimos detalhes, que um aluno faz a escola. Quanto mais alunos se portarem assim, melhores os resultados. Praticamente todas as grandes e tradicionais instituições educacionais surgiram por fruto dessa sinergia entre estudante e educador. A você que investe em seu crescimento e acredita em um curso à distância, lembre-se que você é um dos grandes responsáveis pela qualidade do seu curso. Faça a escola e desfrute das grandes vantagens que esta modalidade de ensino te oferece.


Prof. Me.Rodrigo Palhares – Tutor em Administração de Empresas EAD – COC/BH

terça-feira, 24 de junho de 2008

Fabril, colorindo o Brasil!

Fabril, centenária Fabril... Vestindo cada canto desse imenso país, alegra seu povo com estampas vivas e floridas, e faz mais colorido o nosso Brasil.






Matéria sobre as festas de São João veiculada no Jornal Nacional no dia 23 de junho de 2008.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Sopra o apito, dá o grito e parte para o abraço!

Em cinco anos muita coisa pode acontecer. Principalmente para aquelas pessoas que não esperam, mas que fazem questão de fazer acontecer. Cinco anos! Dá para dar uma senhora guinada na vida, mudar os rumos, os ares, ampliar os horizontes de tal forma, e com tamanha intensidade, que olhar para trás às vezes pode assustar.

Fazer direito é fazer bem feito! É se imbuir de correr atrás do desejo com todas as forças, é laçar a vida pelo chifre, domar o cansaço, lapidar a alma, refinar o senso crítico e imprimir o ritmo dos sonhos na realidade, para o mundo todo aplaudir de pé. É se entregar por inteiro a uma causa e não se deixar vencer pelos tantos acidentes de percurso que testam a perseverança e que trazem, dentro deste valioso troféu, um sabor todo especial e único, que só quem derrama as lágrimas sem se curvar tem o privilégio de conhecer.

Meu Beija-Flor, companheira dos meus sonhos, por detrás de sua beleza frágil e rara, você carrega uma força de vontade tal que talvez não tenha se dado conta de que seu exemplo de dedicação às suas crenças ensina e orgulha aos que estão à sua volta. E por poder acompanhar os seus passos, sentir de perto todo o brilho das suas conquistas, sou eternamente grato, porque estou de mãos dadas com você por todo o seu caminho.


Fazer bem feito é fazer Direito! Você fez, você aconteceu, o que era um sonho se tornou realidade, graças a você! Então, agora é a hora de comemorar:

- Sopra o apito, dá o grito e parte para o abraço!

Parabéns, amor! Me orgulho muito de você!


terça-feira, 8 de abril de 2008

Liberdade!

“Eu procurava algo na ilha.

As pessoas viviam perto da terra, perto do mar, perto daquilo que é natural e predeterminado para nós.

O sinal distintivo das pessoas que encontrei, quando os turistas partiram, no fim do verão, era sua simplicidade.

Nenhum daqueles homens e mulheres, segundo percebi, poderiam jamais ser humilhados. Viviam em harmonia com os seus eus, com tudo que era bom e mau em si mesmos. Nenhum estranho poderia apontar para eles e fazê-los sentirem-se inferiores.

Pessoas que confiaram no seu lugar na terra. Estavam longe de não ter complicações, não eram destituídos de exigências, ódios e agressões, mas possuíam orgulho, e uma dignidade que não permitia a ninguém destruir. Tinham raízes que ficaram plantadas no mesmo lugar da terra, durante sua vida inteira.

Muitos velhos têm isso. Renunciaram a pretensões, deixaram de lado sonhos falsos, pararam com a louca corrida.

Também são ilhéus em nossa sociedade.

Como as crianças.

Pessoas que não se preocupam em manter a máscara e a fachada em ordem.

Que ousam mostrar quem são.

Ilhéus.

Pessoas que vivem de acordo com sua maneira de pensar. Mesmo que esta não seja assim tão notável.

De alguns deles emana uma sensação de segurança, uma coisa simples, que talvez seja a dignidade do coração.”

Por Liv Ullman

A sensação de liberdade acompanha a pessoa que respeita sua maneira de ser!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

O eu, o mundo e a violência

Quando Raul Seixas escreveu a música Eu também vou reclamar, onde pedia ao mundo para dar uma paradinha básica para ele descer, certamente não imaginava que chegaria um dia em que poderia se deparar com degradações de princípios e valores tais como as que temos sido submetidos atualmente.


Peter Sellers, em Muito Além do Jardim, fazia de seu mundo a tela da TV, e literalmente trocava os canais dela quando algo ficava complicado, ou fora de controle. Já pensou, se fosse fácil assim?



Talvez o Raul até tivesse sua bola de cristal, tanto que deu um jeito de parar o mundo dele antes que pudesse assistir a esta compulsiva enxurrada de registros sádicos e aberrações mórbidas a que temos sido forçados a assistir. O personagem de Peter Sellers, se existisse, provavelmente iria sofre de LER, Lesão por Esforços Repetitivos, de tanto apertar botões, ou, talvez aproveitasse a parada e descesse do mundo junto com o Raul.


Eu ainda acredito que ainda deve estar cheio de gente que luta; que trabalha; que corre atrás de uma vida melhor; que tenta cuidar de tudo e de todos, e que a cada dia fica mais amedrontada e aterrorizada, porque sofre bombardeios ininterruptos para ser lembrado de que as pessoas são, por natureza, perversas.


E será que são mesmo?


Acho que perversidade talvez não seja o termo exato, mas quem sabe elas são (ou estão) compulsivas e obcecadas? Juntando as palavras, fico com a idéia de que as pessoas estão cada vez mais obcecadas pelo que envolve a violência. Quanto mais perversa ela for, mais curiosas ficam; quanto mais ela aparece como uma ameaça, mais compulsivas elas se tornam, por quererem conhecer até onde vão os limites dessas atrocidades. Mas os perversos são os extremos, e via de regra, extremo nunca é regra.


A idéia de que a tal ameaça que o mundo aponta é muito mais de caráter interno, de que essa violência está no íntimo de cada um, não me abandona. Cada um que se veja com essas demonstrações que os extremos apontam da maneira que mais lhe convenha.


Mas existe aí um problema maior que a individualidade de cada um e que se relaciona com a máquina social atual. Como tudo que sobe, desce, e, da mesma forma, para cada ação existe uma reação, não há como desconsiderar que o sujeito participa do meio quando quer e quando não quer, porque o meio também participa dele. Cada um, sabe-se lá com quais proporções, mexe os pauzinhos do outro o tempo todo.


E no caso da relação com a violência, não tem sido muito fácil ficar por fora do que acontece. Mesmo que ela esteja distante do dia a dia, ela vende, ela rende, e portanto, ela está em voga.


Nem é preciso abrir um jornal, antes disso as notícias vêm correndo atrás das vítimas em busca de atenção, saltitantes aos nossos olhos, numa velocidade tão ‘tecnológica’ que em breve elas chegarão em Real Time, com manchetes do tipo “PERIGO! Estudante coreano acabou de lançar granada em sala de aula: Alunos têm cinco segundos para se proteger!”.


Mas em questão de conteúdo, parece haver um loop crônico e interminável. São “matérias” de destaque, imperdíveis, dessas que despertam a curiosidade para atrocidades dos famintos obsessivos. Monstruosidades como as de pais jogando filhos pelas janelas de edifícios no meio da madrugada; ou a morte bárbara do menino João Hélio, arrastado pelas ruas do Rio de Janeiro durante um roubo enquanto um dos ladrões brincava com a cena, chamando-o de Judas; ou casos como o do garotinho de 9 anos em Aurilândia, no interior de Goiás, que foi pego a força por dois vaqueiros, chamado de bezerrinho e marcado a ferro, como gado, só por diversão.


Reparem bem, há uma indústria construindo avalanches dessa ordem, alimentada por um movimento ainda maior de curiosos, desejosos por formularem as tais ameaças internas pelo meio mais acessível, o externo.
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E dentro de cada um, lá na infância, já havia o interesse por estórias com emoções mais fortes. Entretanto, as estórias infantis foram tomando formatos mais exaltados na vida real nos últimos tempos. Cada uma dessas novelas reais que a imprensa investe de forma massacrante tem o mesmo tipo de composto que se vê em um desenho infantil, porém, há muito, uma pergunta não quer calar: o que acontece com o final feliz?


Vejamos as estórias e as histórias:


- Como nas mais belas animações da Disney, nas histórias acachapantes da vida real também há, sempre, uma criaturinha pura e indefesa, supostamente um símbolo da moral, da ética, da beleza e de tudo mais que se possa associar positivamente. De um lado, personagens como Branca de Neve ou chapeuzinho vermelho; de outro, vítimas como os meninos João Hélio e Isabella;


- Não poderia deixar de haver um vilão bem perverso. É aquele que tem a coragem de colocar o veneno na maçã, que expressa o mal de todas as formas, nos atos, na fisionomia, nas falas... O mais completo egoísta! Um verdadeiro “espírito de porco”, que bagunça o coreto, que agita a estória e também que marca a história, mas que se incumbe sempre de prender a atenção do público, alimentando a revolta e o desejo por justiça. Sem ele, não há o tempero emocional que faz a estória ser vista até o fim.


Nessa turma estão o capitão gancho, o lobo mau e um monte de bruxas. No outro pacote, o das histórias, encontramos recentemente os vaqueiros que ‘ferraram’ o menino goiano; a empresária Silvia Calabrese, de Goiânia, que tirava de humildes lares, com promessas encantadoras, criancinhas para serem torturadas, acorrentadas e escravizadas por anos e anos em sua casa; por fim, não poderíamos deixar de citar o pai da menina Isabella, de antemão julgado e condenado pela mídia, e que, independente do que ele fez ou deixou de fazer, ficou personalizado como o vilão do momento. Aliás, tão vilão que, menos de uma semana depois, a imprensa já enfatiza seu novo “furo” de reportagem. Outro pai já está preso, desta feita em Cariacica, no Espírito Santo. Seu arremesso não se configurou em homicídio, “apenas” tentativa. Por sorte, a altura era menor, e a criança maior.


- Mas e o final feliz da história? Como encontrar os sorrisos no acender das luzes? Onde está saciado o desejo por justiça que alivia e enche de esperanças as crianças, como quando a bruxa má cai do alto do penhasco? Quando é que o príncipe, em seu impecável cavalo branco, vai aparecer para beijar a plebéia e içá-la ao seu cavalo para finalmente galopar com destino ao mais belo castelo do alto da colina mais florida?


Há como comparar a paz estampada nos rostos das crianças na saída do cinema com as expressões dos atormentados telespectadores ao final de mais uma sessão de telejornal?


Talvez a gente até encontre o mesmo sorriso das crianças nas bocarras estúpidas e ambiciosas de alguns dos donos dos órgãos de imprensa, mesmo assim, somente naquele exato momento em que se deparam mais uma atrocidade para financiar as vendas de seus noticiários. Um final feliz na produção em massa, rasa e superficial.

Fato é que, descoberta a curiosidade humana pelas atitudes cruéis dos desajustados e os rios de dinheiro e de poder que esse tipo de imprensa movimenta, a força e a intensidade da divulgação dessas exceções têm promovido uma perigosa distorção.


Cito novamente, como exemplo, a segunda criança jogada pela janela em menos de uma semana. De um fato isolado que se noticia por um milhão de vezes, têm-se a falsa percepção de que todo o mundo está em concurso, que todo mundo espanca, tortura, arremessa, mata. E tudo com direito a requintes dos mais cruéis, surreais, típicos dos vilões das estórias, exaltando os extremos como se regras fossem, porque se tornam comuns.


Daqui a pouco vamos ver pais utilizando a idéia esdrúxula como ameaça, tipo “você viu o que aconteceu com a Isabella, né? Ela teimou com o pai e deu no que deu...” E o comportamento da manada humana vai consolidando tais extremos diante dessas perigosas vertentes, sem os princípios, sem os valores, banalizada, acostumada a uma violência objetalizada, como se normal fosse.


E então, o que fazer? Negar o mundo como fez o personagem de Peter Sellers? Fechar as portas, arrumar as malas? Ir prá onde? Ainda não há loteamentos à venda na lua. Descer do mundo como sugeriu Raul não parece ser menos violento. Conclamar o incorruptível Robespierre e seus amigos para fazer a barba dos que tem as rédeas nas mãos? A guilhotina do ‘grande terror’ já se mostrou capaz de cortes profundos, Danton que o diga. É violência também...


Então, onde mora a violência? No pai da Isabella? Nos vaqueiros? Em Robespierre? Se basta ir além do “eu” para encontrá-la e relacioná-la às ameaças internas, pergunto então: a violência é projetada ou absorvida?

Qual a solução para essa paranóia que aflige o mundo?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sansão, o primeiro ídolo da massa!

Nos mais remotos relatos bíblicos, mais especificamente num dos livros do Antigo Testamento, podemos encontrar a formação do espírito aguerrido do verdadeiro atleticano despontando.


Provavelmente foi ele o primeiro a inspirar a criação do glorioso, e por isso é digno de nossas sinceras homenagens. Merecedor do cobiçado "galo de prata" neste ano de comemorações, o nosso ilustre personagem, conhecido historicamente por Sansão, teve uma de suas brilhantes proezas registrada nesta passagem:

Antigo Testamento, livro dos Juízes, Cap. 15, versículo 4:

"E foi Sansão, e pegou trezentas raposas; e, tomando tochas, prendeu as raposas duas a duas pelas caudas e atou entre as duas caudas uma tocha."

Para confirmação, a fonte:
http://www.bibliacatolica.com.br/01/7/15.php

A Galoucura já pode ir ensaiando o coro:

"Doutor, eu não me engano, o Sansão é atleticano..."

ou

"Não é mole não, o Sansão entochou o Raposão"

ou então,

"Olelê, Olalá, o Sansão vem aí e a tocha vai entrar..."
ou
"E ninguém segura, o Sansão é 100% Galoucura..."
ou
"O cruzeirense, pode esperar, o Sansão vai te entochar..."

quinta-feira, 27 de março de 2008

A Paixão é Preto e Branca!!!

"CEM ANOS - O melhor lance do Atlético não foi num jogo.

Foi fora dele. Foi numa derrota.

Minto, num empate de um time invicto, o supervice-campeão do BR-77.

Não foi o melhor jogo ou jogada.

Mas não teve nada mais atleticano que aquilo: depois da derrota nos pênaltis para o São Paulo, Mineirão e Brasileirão estupefatos pela queda sem derrota de um senhor time de bola, os jogadores baqueados e barreados pela chuva e pela lama se abraçaram no gramado e assim foram ao vestiário.

Foi a primeira vez que vi a cena reverente que virou referência.

Ninguém estava fazendo marketing (nem existia a tal palavra).

Nenhum jogador estava jogando pra galera.

Era fato.

Time e torcida estavam juntos naquele abraço doído e doido.

Como tantas vezes o atleticano esteve junto com o time. Qualquer time.

Nada é mais atleticano que aquilo: um time que se comportou como o torcedor.

Solidário na dor, irmão no gol.

O atleticano é assim: tem a coragem do galo, mas não a crista.

Luta e vibra com raça e amor. Mas não se acha o dono do terreiro.

Sabe que precisa brigar contra quase tudo e contra quase todos. Até contra o vento, na célebre imagem de Roberto Drummond. Aquela que fala da camisa preta e branca pendurada num varal durante uma tempestade. Para o escritor atleticano, ou, melhor, para o atleticano escritor, o torcedor do Atlético sopraria e torceria contra o vento durante a tormenta.

Não é metáfora. É meta de quem muitas vezes fica de fora da festa. Não porque quer. Mas porque não querem. Posso falar como jornalista há 17 anos e torcedor não-atleticano há 41: não há grande equipe no país mais prejudicada pela arbitragem.

Os exemplos são tantos e estão guardados nos olhos e no fígado.

Não por acaso, o atleticano acaba perdendo alguns jogos e títulos ganhos porque acumulou nas veias as picadas do apito armado.

Algumas vezes, é fato, faltou time. Ou só sobrou raça. Mas não faltou aquilo que sobra no Mineirão, no Independência, onde o Galo for jogar: torcida.

Pode não ser a maior, pode não ser a melhor, pode até se perder e fazer perder por tamanha paixão, cobrando gols do camisa 9 como se todos fossem Reinaldo, pedindo técnica e armação no meio-campo como se todos fossem Cerezo, exigindo segurança e elegância da zaga como se todos fossem Luisinho.

Mas não se pode cobrar ninguém por amar incondicionalmente.

O atleticano não exige bola de todo o time. Não cobra inspiração de cada jogador. Quer apenas ver um atleticano transpirando em cada camisa, em cada posição, em cada jogada.

Por isso pede para que o time lute.

É o mínimo para quem dá o máximo na arquibancada.

A maior vitória atleticana é essa. Mais que o primeiro Brasileirão, em 1971, mais que o vice mais campeão da história do Brasil, em 1977. Os tantos títulos e troféus contam. Mas tamanha paixão, essa não se mede. Essa é desmedida. Essa é a essência atleticana.

Essa é centenária.

Essa é eterna."

Por Mauro Betting, em 25/03/08, no Yahoo Esportes:
http://br.esportes.yahoo.com/080325/50/gjlko1.html

Preciso falar mais alguma coisa???

quarta-feira, 26 de março de 2008

O Amor é Verde!

Dizem que a cor do amor é o vermelho, mas eu posso provar que é verde!

É bem possível que na primeira vez que consegui abrir meus olhos e ter algum contato visual com o mundo, agraciado pelo saudável e revigorante deleite do alimento no seio materno, me deparei com a grandiosa força de um par de olhos verdes que deixou gratas marcas por toda minha jornada de vida.

O olhar de mãe transmite um amor incondicional, cujas palavras não existem em grandeza para expressá-lo, e no meu caso, a simbologia mais próxima que encontrei para externar tal sentimento é que, para mim, o amor é verde!

Num simples olhar, o encontro à segurança, ao conforto, à paz, ao alimento, à energia e ao carinho. Nesse verde, o reconhecimento à existência, à construção orientada, responsável, bem conduzida, cuidadosamente assistida, desde os meus primeiros momentos de vida. E como se não bastasse, o tempo foi mostrando que, além do amor ser verde, também verdes se tornaram as minhas melhores referências.

Em minha história, é verde o exemplo de luta; de entrega a uma causa; de que o conhecimento é um alimento único e substancial; de que é sendo forte e determinado que se transforma o desejo em realização; de que na vida não existem sacrifícios, e sim investimentos; de que é possível ir até onde se quer chegar, bastando, para isso, querer...

E assim aprendi que se o verde brilha tanto diante de mim, deve ser gratificante ser um brilho assim. E não podia ser diferente, aprendi o que o verde me ensinou, ofereci o que entendi ser o melhor de mim, e, junto ao amor incondicional que recebi, transmiti, até geneticamente, o verde para minha filha. Minha princesinha, que me faz transbordar de tanto orgulho, por ver que muito do verde que aprendi, agora é também fonte saudável para o seu crescimento . Lá, nos olhos dela, disseminada geração após geração, novamente a prova de que o amor é verde.

E também verdes são os olhos de minha amada, meu aconchego, minha paz interior, meu eterno desejo e fonte de inspiração, minha companheira para toda a vida. Escolha aleatória? Coincidência? Claro que não, foi amor mesmo. É como disse, o amor é verde.

Olhando para trás, relatando minha história, sinto agora uma incontida gratidão que me toma por inteiro, que me faz, nestas poucas linhas, tentar traduzir e compartilhar o quanto seus princípios e valores nortearam minha vida, e graças ao seu verde sincero, posso ser um bom filho, um bom homem, um bom pai.

Obrigado, mãe! Você é a maior prova de que o amor é verde!

Parabéns pelo seu dia!

sábado, 15 de março de 2008

14 de março!!!

Em 14 de março, nasceram Albert Einstein, o poeta Castro Alves, a imperatriz brasileira Teresa Cristina Maria de Bourbon, o cineasta Glauber Rocha...
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Foi também em 14 de março, em 1840, que o papa Pio IX promulgou a constituição em Roma, mesmo dia em que o governo soviético, desta vez em 1918, se instalou no Kremlin em Moscou. Foi também o dia que Sérvia e Montenegro deixaram, em 2002, a Iugoslávia se tornar passado.
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No Japão, 14 de março é o dia dos namorados, na Irlanda, é o dia das sereias. No Brasil, comemora-se o dia nacional da poesia.
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Aqui, em meu coração, foi dia de festa, porque minha sogrinha fez aniversário. Com seus olhinhos doces e jeitinho tímido, esconde uma fortaleza de mulher disfarçada na fragilidade meiga que conforta e conquista aos que por sua vida passam. Ela me deu o presente da minha vida, trouxe ao mundo a minha melhor chance de amar alguém, e por tudo isso, não tenho palavras para agradecer. Este dia é muito especial para mim, graças a você!
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Izaura, te desejo toda a felicidade do mundo!
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Parabéns!!!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Ser ou não ser, eis a questão!!! - Parte II

Para os apóstolos da infelicidade, aí vai uma boa justificativa. Para os avessos, um estímulo à superação!!!

Parece que a onda de agora vai ser apontar os níveis de reserva afetiva. Mais adiante, disponibilizar em cápsulas nas farmácias.
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Desculpa de infeliz, só o "extravio da receita"!

Felicidade pode ser herdada, diz estudo

Qui, 06 Mar, 03h53

LONDRES (Reuters) - Não se pode comprar a felicidade, mas parece que é possível pelo menos herdá-la, disseram pesquisadores britânicos e australianos na quinta-feira.

Um estudo com pelo menos 1.000 pares de gêmeos idênticos e não-idênticos descobriu que os genes controlam metade dos traços da personalidade que tornam uma pessoa feliz, enquanto fatores como relacionamentos, saúde e carreira são responsáveis pelo restante de nosso bem-estar.

"Descobrimos que cerca da metade das diferenças em relação à felicidade são genéticas", disse Tim Bates, pesquisador da Universidade de Edimburgo, que conduziu o estudo. "É realmente surpreendente."

Os pesquisadores fizeram aos voluntários, cuja idade variava de 25 a 75 anos, uma série de perguntas sobre sua personalidade, como quanto eles se preocupam e quão satisfeitos estão com suas vidas.

Como os gêmeos idênticos têm os mesmos genes (ao contrário dos gêmeos fraternos), os pesquisadores puderam identificar genes em comum que resultam em certos traços de personalidade e predispõem as pessoas à felicidade.

Pessoas sociáveis, ativas, estáveis, trabalhadoras e cuidadosas tendem a ser mais felizes, relataram os pesquisadores na revista Psychological Science. "O que o estudo mostra é que gêmeos idênticos têm personalidade e (conceito de) bem-estar muito similares. Por outro lado, tais semelhanças entre os gêmeos fraternos caem aproximadamente pela metade", disse Bates. "Isso implica fortemente em genes."

Os resultados representam uma importante peça no quebra-cabeça para os pesquisadores que estejam tentando entender melhor a depressão e o que faz diferentes pessoas felizes ou infelizes, disse Bates.

As pessoas que herdam uma personalidade mais positiva podem, conseqüentemente, ter uma reserva de felicidade para usar nas horas de estresse, acrescentou o pesquisador.

"Uma conclusão importante é que certos traços de personalidade, como ser extrovertido, calmo e confiável, dotam a pessoa de um recurso, uma 'reserva afetiva', que leva à felicidade futura", disse Bates.

(Reportagem de Michael Kahn)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Ser ou não ser, eis a questão!!!

Tem gente que acredita no destino. Outros acreditam que o destino é o próprio sujeito quem constrói. Eu aprendi a ser um destes. Com muito custo, muito empenho e muita luta, mas a sensação de liberdade é algo indescritível. O mundo se colore, os horizontes se tornam mais amplos, a vida fica mais leve, e quando a gente não consegue enxergar onde quer, arranca lá de dentro um estímulo tão intenso e gratificante que qualquer objetivo se torna facilmente alcançável.

A impressão que tenho é que a distinção entre um sujeito ser feliz ou infeliz não está no mundo em sua volta, mas no desejo e no empenho dedicados por ele a esta questão. É simplesmente uma questão de foco, afinal, toda moeda sempre tem dois lados:

“Quero ser feliz!” Então me apego ao que me conforta e me satisfaz;

“Quero uma droga de vida!” Basta cavar em cada pedacinho da vida um motivo para justificar minha escolha.

Qualquer que seja o caminho, motivos sempre existirão. O curioso é que para o sujeito, parece que sempre há uma realização. A cada resposta que se desenterra do mundo há no fundo aquela confirmação do tipo “não falei que eu era infeliz? Eu estava certo!!!” Neste “mundo cruel”, o infeliz e bonzinho sujeito comemora o resultado de qualquer forma...

O agravante é que no entroncamento entre os fins e os meios fica evidente uma inversão de valores e o que supostamente era efeito desapercebidamente acaba se tornando causa. E assim está formado um ciclo vicioso.

Se a sua escolha já foi feita e você deseja mudar seu destino, trocar o "vicioso pelo virtuoso", basta olhar para o outro lado da moeda! Vai perceber que o mundo é um monte de recursos à disposição e que a forma de utilizá-los pertence somente a você. Brindar à felicidade construída com as próprias mãos tem um sabor muito mais especial que comemorar o encontro às justificativas para um mundo de infelicidade.

Experimente!!!